quarta-feira, 14 de março de 2012

Coluna - Jornal em Foco - 13/03/12

Carrinho de mão: nova função!



Fui jovem e sempre gostei de música. Portanto a desculpa de se falar algumas coisas buscando desculpas para dizer que “isso é coisa da juventude” nem sempre reflete a realidade.
Não consigo compreender que uma criatura vestida de gente coloque som no carro para sair pelas ruas da cidade ou do bairro durante o dia ou à noite para se exibir. Tal atitude, desumana, não leva em consideração as crianças, os idosos ou qualquer cidadão ou cidadã que não tem obrigação de ouvir num volume elevadíssimo aquilo que não quer.
Num dia desses, nessas férias, ao caminhar pelas areias da Praia de Perequê um som alto incomodava muita gente. Quase não acreditei no que vi. A parafernália barulhenta estava instalada dentro de um carrinho de mão.
Chegamos a tal ponto que a criatividade da insensibilidade não tem mais limite. O problema é que cada vez menos conseguimos impedir que tais criações tenham um fim. Aliás, quando falamos contra isso, somos taxados de quadrados, de ultrapassados e outros adjetivos nada bonitos.
Parece que quando chamamos a atenção para essa aberração o errado somos nós. Não vou me espantar se daqui a pouco as fábricas vão inventar de fazer carrinhos de mão já equipados com som para que os “jovens avançados” possam dar voltinhas com seus carrinhos incrementados pela praia afora. Nem é bom pensar nessa idéia! A praia, já poluída de tanta sujeira ficaria completa como nos grandes centros: só falta mesmo é “melhorar” a poluição sonora.
Já pensaram que disputa! As fábricas de equipamento de som equipando carrinhos de mão um mais incrementado que o outro. E nós, pobres mortais cada vez mais estressados para se livrar disso tudo!
E depois dizem que os animais são irracionais!



Valmir Ludvig

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