segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Daqui a milhões de anos (Artigo)


Gosto de uma frase de Buda que diz: "O que hoje somos deve-se aos nossos pensamentos de ontem que condicionaram nosso comportamento, e são os nossos atuais pensamentos que constroem a nossa vida de amanhã; a nossa vida é a criação de nossa mente". Talvez pudesse discordar de algumas coisas que Buda pensa, mas sua frase, para mim, diz o que eu acredito: Somos e construímos o mundo exatamente como pensamos.
Brinco com as pessoas que algumas idéias que tenho talvez poderão acontecer daqui a alguns milhões de anos, mas temos que começar. Tenho plena consciência de que o que vou refletir aqui, não tem o respaldo de muita gente. Aliás, talvez de ninguém. Ou sendo mais otimista, de muito poucos.
É claro que muitas dessas idéias não podem ser trabalhadas de qualquer jeito numa sociedade que já está toda poluída por um modo de pensar que exclui muitos seres humanos. Enfiamos uma coisa na cabeça, escrevemos nos livros, alguns pensadores reforçam algumas idéias e passam a valer como se isso fosse a única verdade. O pior é que todos vão repetindo e solidificando muitas práticas duvidosas, causadoras de disparidades, divisões, misérias, exclusões, concentração de riqueza, enfim.
Na discussão que rola na sociedade, alguns profissionais dizem que devem ganhar bem porque lidam com vidas humanas. Ora, todos lidam com vidas humanas. Vida humana, no meu entender, não é só vida material, física. É muito mais, Sei, sei! Muitos já vão dizer que se não tiver essa vida garantida – física – o resto não existirá. Também não é verdade porque muitos seres humanos que vivem na absoluta miséria, não tem a vida física garantida. Apenas vegetam.
Vida é muito mais que apenas estar vivo. A vida é um todo e todo e qualquer profissional, todo cidadão deveria entender assim, no meu modo de ver. Olha, esse negócio de “lidar com vidas” é verdadeiro e sério. Mas vida, reafirmo, é muito mais do que vida física. Professores relapsos destroem muitas vidas. Engenheiros e advogados relapsos também causam estragos muitas vezes irreversíveis. Psicólogos despreparados acabam com muitas vidas.
O médico diz que deve ganhar bem porque lida com vidas humanas. O engenheiro civil diz que deve ganhar bem porque se ele constrói um prédio e cai numa pancada só, pode matar mais gente que o médico. O engenheiro de um avião fala que deve ganhar mais que todos os engenheiros porque conforme projeta o avião, se errar, mata muita gente. Um atendente deve ganhar mais porque aprendeu a ser educado e agora já sabe dar “bom-dia”. Imaginem se o professor entrar nessa lógica também. Ele que lida com a vida de muitas crianças, jovens e adultos e qualquer erro que comete pode marcar e matar sonhos, potencialidades, gênios que poderiam ter soluções de muitos problemas.
O que é vida? É o risco de morrer no pronto socorro de um hospital? É sentir o valor dela apenas quando dói o dente?
Misericórdia! Como temos de avançar! É uma gritaria só! Na verdade disputamos um com o outro para saber quem é mais importante e o melhor. O resultado está aí e não aprendemos.
A organização dessa loucura da sociedade é tão forte que o que recolhe lixo, que mexe na nossa “merda diária”, se expondo às doenças, horários absurdos para recolher a sujeira, são os que menos ganham. Muitos dizem que “ganham demais pelo que fazem”.
Inventamos profissões, salários diferenciados, todas as espécies de divisões e depois arrumamos teses, justificativas, tratados para justificar as barbaridades. Alguém escreve isso e depois há toda uma estrutura para sustentar a baboseira. No final da história: pobre vai prá página policial e rico para a página social. Ladrão de galinha e pequenos furtos vai pra cadeia. Os que têm dinheiro pagam pela liberdade.
Termino com uma frase dos outros: “ E assim caminha a humanidade” . Acrescento: com cada vez mais desumanidade!!

Valmir Coelho Ludvig

sábado, 29 de agosto de 2009

Medo de colocar filho no mundo? (Artigo)

Há muito tempo trabalho com crianças, adolescentes, jovens e adultos e o mundo sempre foi mais ou menos igual. Nos tempos dos impérios, também havia gente pensando que o mundo ia acabar a qualquer momento. Muitas comunidades tinham dúvidas se deveriam ter mais filhos por conta da conturbação em que viviam. Não são novas essas dúvidas de pais e de gente que se casa e se pergunta se quer ou não “colocar filho no mundo”.
De fato o mundo de hoje é mais fascinante que o mundo de outrora para alguns e menos para outros. A tecnologia, por exemplo, que deveria vir para ajudar as pessoas a viverem melhor, parece vir para desempregar, excluir ainda mais gente e destruir literalmente os recursos naturais, já que se perdeu o respeito por quase tudo.
É nesse mundo que vivemos, esperneamos, brigamos, sobrevivemos, morremos, matamos. É desse mundo que temos que dar conta. Mas parece que muitos estão a cada dia mais alienados e nem aí com tudo que vem acontecendo.
Percebemos, infelizmente, que a cada dia fica mais claro que os que têm dinheiro têm regalias, têm as leis a seu favor e pisam, debocham, desqualificam a todos os que questionam suas ações. Crianças e jovens ficam desorientados por conta do que assistem ao seu redor.
Ao estar em contato com a criançada, a juventude e muitos adultos, percebe-se que muitos estão longe de um mínimo de reflexão e são simplesmente levados pelas ondas do momento. Outros acham que tudo o que acontece é natural e não tem o que fazer. Outros ainda buscam fazer um contraponto, difícil, porque uma minoria que manda acaba manipulando a maioria que a acredita que as coisas são do jeito que são porque “sempre foi assim”, “é natural” e mais um monte de mentiras plantadas para deixar as coisas como estão, sempre beneficiando uma minoria. Ir contra essa lógica ilógica e portadora de morte é se arriscar, e se expor, segundo muitos, ao ridículo.
Muitas crianças, jovens e adultos parecem mais papagaios do que gente. Repetem o que ouvem. Decoram mas não pensam. Falam da boca prá fora. Por isso entendo que o desafio daqueles que educam é fazer as pessoas pensarem. Falta muita reflexão. O que muda o mundo não é a ação como muitos dizem. O que muda o mundo é a ação pensada antes. É a gente saber o que a gente quer. Até para fazer o bem é preciso pensar. Muitas vezes pode-se pensar que se está fazendo um bem e pode ser que se esteja fazendo exatamente o contrário.
Pois é! Ter ou não ter mais um filho!? Bom lembrar que os problemas do mundo apenas mudam de forma. Lembrar também que por isso mesmo as soluções precisam ser sempre criativas. Ainda a saída para tudo é a ternura, o amor, a sinceridade. Coisas que vão sendo esquecidas. “Endurecer sem perder a ternura”, já dizia uma figura que os donos do poder tentam desqualificar. É preciso denunciar as injustiças, as falcatruas, mas com humanidade. Punir e dar oportunidade de recuperação.
Os grandes lucros – sempre produto de exploração e roubo – precisam ser extintos. Os mecanismos que atiçam o individualismo precisam perder força. Precisam ser ditos, descobertos. Expondo a vergonha da exploração e todos entendendo esse mecanismo mentiroso e perverso que diz que pobreza é coisa natural, quem sabe a gente humanize a raça humana.
Os animais irracionais só buscam uma presa por instinto e para a sobrevivência. Fora isso, convivem muito bem. Teríamos que aprender com eles? O ser humano, diferentemente do animal, não precisaria matar outro ser humano para sobreviver, mas mata para se dizer poderoso, para dominar, para concentrar riqueza.
Quem sabe um dia a gente diminua o medo de “colocar filho no mundo”. Quem sabe a gente cuide melhor dos filhos de todos que já estão por aqui e de todos os que estão por vir.

Valmir Coelho Ludvig

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

DNA

Nunca vi tanta gente querendo fazer o "teste do DNA" nos Projetos do Governo Municipal na Câmara.
O "pai" é o Governo Municipal. Mas apareceu um monte de gente querendo assumir a criança.
Chegou a ser divertido.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Memória

Aniversário de Brusque (04 de agosto)
As bandeirinhas que enfeitaram a Avenida Cônsul Carlos Renaux representaram as etnias colonizadoras da cidade. Os adornos com os brasões tiveram a missão de remeter o público a história da composição étnica de Brusque.
“Tivemos uma verdadeira aula de história em plena avenida. Toda decoração foi projetada para valorizar nossas raízes”, destacou o prefeito Paulo Eccel.
As flâmulas representaram as regiões de origem das primeiras famílias que colonizaram a cidade. Entre as regiões, Trentino, Veneto e Lombardia (ambas da Itália), Cracóvia Lodz (Polônia), Schleswig-Holstein, Bavaria, Banden-württenberg (Alemanha) entre outras.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Reflexão

O grande mal das pessoas hoje não é buscar seu espaço, sua individualidade, mas o não perceber o espaço e a individualidade dos outros. Não há nada pessoal que não implique de alguma forma no coletivo. Individualidade sem levar em consideração o outro passa a ser um individualismo catastrófico. O coletivo não pode abafar aquilo que é próprio de cada um, mas o que é próprio de cada um, sempre tem que levar em consideração o outro. Se o outro faz o mesmo, fica evidente que essa reciprocidade constrói o coletivo. Se cada um ficar no seu mundo o resultado é esse que a gente assiste: milhões na miséria e uns poucos fazendo de tudo para manter privilégios que deveriam ser direito de todos.
Valmir Coelho Ludvig

domingo, 23 de agosto de 2009

As colheres de cabo comprido

Dizem que Deus convidou um homem para conhecer o CÉU e o INFERNO.Foram primeiro ao inferno. Ao abrirem a porta, viram uma sala em cujo centro havia um caldeirão de sopa e à sua volta estavam sentadas pessoas famintas e desesperadas. Cada uma delas segurava uma colher de cabo bem comprido, que lhes permitia alcançar o caldeirão, mas não a própria boca. O sofrimento era grande. Em seguida, foram ao céu. Era uma sala idêntica à primeira: havia o mesmo caldeirão, as pessoas em volta, as colheres de cabo comprido. A diferença é que todos estavam saciados.- Eu não compreendo - disse o homem a Deus - porque aqui as pessoas estão felizes enquanto na outra sala morrem de aflição, se é tudo igual? Deus sorriu e respondeu: - Você não percebeu? É porque aqui eles aprenderam a dar comida uns aos outros.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Não compro, nem bebo coca-cola.
Prefiro sucos naturais e outras marcas de detergente.
Valmir

sábado, 15 de agosto de 2009

A gripe das incertezas ou das espertezas? - (Artigo - 14/09/2009)


Hoje nos deparamos com algo que é ainda pior que as doenças. Se a doença já é alguma coisa que apavora, mais apavorante ainda é a manipulação. Pior que a gripe é a manipulação da gripe. Na verdade não sabemos seu tamanho. Quem tem força, dinheiro, poder, vai dando a notícia e o tamanho da desgraça conforme o retorno. Triste não?
Por causa das manipulações do passado, estamos numa encruzilhada. É do tamanho que falam? É exagero? A quem interessa o pânico? Quem ganha com a gripe? Qual a empresa farmacêutica transnacional da vez?
Ficamos de verdade numa situação extremamente delicada. Prevenir sem alardear. Suspender eventos? Não suspender?
Setores que lidam com remédios, vacinas, manipulam informações e lucram horrores com as vidas humanas. Lamentavelmente a maldade, o desejo desenfreado pelo lucro a qualquer custo chega às raias da vergonha. Sem qualquer escrúpulo, seres humanos exploram outros seres humanos com a maior tranqüilidade. Jogam com a vida das pessoas como se fossem mercadorias.
Os meios de comunicação escondem as mortes diárias provocadas por tantas doenças e fazem questão de “sensacionalizar” a notícia sobre a gripe da vez. A gripe vira espetáculo. Vira furo de reportagem. Tudo é matéria para dizer que foi ou não foi comprovada a gripe. Caso comprovada, garantia de mais vendas. No fundo, embora jurem ao contrário, os veículos gostam mesmo é de noticiar sem muita profundidade, desde que vendam.
Vale tudo para vender o próximo número de jornal, para garantir audiência da rádio e TV. Comprovar ou não é o que menos importa. Comprovada ou não, a gripe será assunto até cair o próximo avião. Até surgir uma nova desgraça.
Teses, contradições, afirmações, negações viram tudo mais ou menos a mesma coisa. Mentiras e verdades parecem se misturar com naturalidade. Conforme os interesses em jogo, mente-se ou fala-se a verdade.
Enquanto isso, vai sendo plantada a semente da insegurança, que interessa certamente a alguém. Com a preocupação e a necessidade de se cuidar para não se morrer com a gripe da vez, não se percebe que escondem os que morrem – e morrem muito mais – de gripe comum. Isso como se fossem vidas (mortes) diferentes. Enquanto isso uma empresa farmacêutica vai enriquecendo novamente.
Sei que é uma reflexão difícil de ser feita. Também corro o risco de pegar a gripe, mas acho ainda pior saber que tem gente que ganha com essa histeria coletiva. O que busco com essa reflexão é dizer que chegamos num nível de (des) informação tal que já não sabemos mais o que é informação e o que não é. Há tantas doenças matando diariamente que não são notícia. Não interessam?
Devemos nos preocupar, mas é necessário sobrar alguns sóbrios que não entrem nesse estresse, para ter serenidade diante do tamanho do “monstro”. Sendo um “monstrão” ou um “monstrinho”, real ou plantado, merece todo nosso cuidado. Não se pode minimizar nem aumentar. O problema maior é saber o tamanho exato de toda essa história.
Seria muita loucura desconfiar que essa gripe tenha sido mais uma “criaçãozinha humana”, como tantas outras coisas estranhas que o ser humano já fez para matar os inimigos numa guerra?
Que sobrevivamos a mais essa!!

Valmir Coelho Ludvig

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Tenha dó! ( Artigo - 13/02/2009 )

Dá pena do Datena. Que mata até o fim. Tira a carne. Escarneia. Goza do bandido já banido. Fica horas. Horas e horas. Mostra o morto. Vira o morto. Fala do morto. E mostra de novo o morto. Vira o morto. E conta tudo de novo. Mais uma vez. Outra vez.
Repete e depois muda um pouquinho. Acrescenta mais um detalhezinho. Mostra de novo o morto. Vira o morto. Faz pose. Mostra sangue. Mais sangue. Começa tudo de novo. Mostra o morto. Sacode o morto. Um pouco mais de sangue. Pede para aproximar as câmeras. Outra pose. De frente. De lado. Close dele. Close do morto.
Não sei se dá pena do Datena. Ou dá pena do morto.
Mais cena. Mais sangue. Ainda o mesmo morto. Na certa dão sinal que ainda não terminou o programa. Então, morto de lado. Morto de frente. Morto de umbigo para cima. Agora umbigo no chão. Mais sangue. A tarde vai se indo. Daqui para a frente, luzes para o morto. Morto iluminado. É noite.
O programa ainda não acabou. Falta pouco. Mas cadê o morto? Datena atrás do morto. Chegam os médicos. Tiram a pressão do morto. O morto está mesmo morto. Tem ainda alguns minutos de programa. E Datena continua a encenação. Agora ele pergunta se alguém conhece o morto. Já dá prá ver a cara do morto. Datena faz questão de dizer que tiraram o sangue da cara do morto. Diz agora que a cara do morto é conhecida.
Chega a mãe do morto. O pai do morto.
Todos querendo saber por que o morto foi morto. Só se sabe que está morto. E isso é que importa para o programa do Datena. Cada vez que morre um morto o programa está salvo.
Procuram-se mortos.

Valmir Coelho Ludvig

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Também gosto de futebol, mas...

Pois é! Futebol virou espetáculo de quem tem mais dinheiro. Quem pode mais têm os melhores jogadores. Ou seja: time pobre, perde! Time rico, ganha! Uma vez ou outra a “zebra” entra em campo pela teimosia dos que com raça derrubam “Golias”. E também derrubam “Golias” quando “Golias” quer ser ainda mais bem tratado e faz sua grevezinha silenciosa para valer mais do que já dizem que vale. Isso virou em grande parte o futebol. Uma fábrica de ganhar dinheiro, de lavar dinheiro, de fazer dinheiro.

Valmir

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Fazer o bem é o que importa!

A vida é um sopro.
Passa rapidinho.
Só vale a pena fazer o bem!
Toquinho diz:
"Só tenho tempo prá ser feliz".
Não sou Toquinho, mas dou minhas "toucadas":
" Só tenho tempo para fazer o bem".

Valmir

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Discurso de Posse - Legislativo e Executivo - 2009 (A pedido)

Autoridades já nominadas, lideranças políticas, líderes religiosos e civis, imprensa, comunidade, presentes

O gesto de dividir esse momento em duas falas é uma demonstração do desejo que temos de buscar no trabalho coletivo, conjugar as diversas idéias para o bem de nossa cidade.

Muitas vezes, na caminhada da vida como músico e educador, encontrei situações de pessoas sem esperança, desanimadas. Em contrapartida, muitos foram os momentos em que o gesto de pessoas simples serviram de alento e fonte de energia para continuar a caminhada.

Tempos atrás fiz esta poesia:

Cá to eu
Falando em sonho
Catando os que ainda acreditam
Fazer possível o impossível
Mudar o “sempre foi assim”
Cá estamos nós
Nós que somos ainda poucos
Mas que podemos ser muitos
A acreditar no sonho
Sonho real de mudança
Não de travesseiro
Esses são sonhos do apenas possível
Queremos muito mais
Sonhos possíveis não levam a lugar nenhum
Sonhos possíveis são apenas remendos
Sonhos impossíveis é que fazem a mudança
Um mundo sem oprimidos, sem opressores.
Sem fome, sem violência...
Cá to eu
Falando em sonho



A vida pública só tem sentido quando colocamos o que somos, o que sabemos, o que temos, à serviço da construção de uma sociedade justa, fraterna e que busca de todas as formas soluções para que cada pessoa que vive nela tenha o necessário para ter dignidade e uma vida feliz.
Cada um de nós, eleitos para o poder executivo e legislativo, temos o compromisso de continuar ouvindo, reunindo, buscando consenso para que todos os diferentes pensamentos, de todos os segmentos, sejam riquezas para a construção de uma Brusque boa prá se viver.
Que cada um de nós que pertence a um grupo, a um partido – e isso é salutar – se esforce para que essas diferenças que existem, sejam explicitadas num debate aberto, sincero, ético, conflitivo às vezes, mas que tenham como foco encontrar saídas para os problemas que sempre precisam ser mediados quando se vive em sociedade.
Quanto mais o poder for dividido e partilhado, quanto mais envolver gente, mais idéias e ações poderão ser desencadeadas para que o convívio numa cidade seja pacífico, cordial, amoroso, respeitoso. Quanto mais se distribuir responsabilidades, melhores serão os resultados. Que saibamos discutir e ceder quando um bem maior está sendo colocado para o bem de uma coletividade.
Na Câmara, na Prefeitura, qualquer que seja a função, quando estamos falando de público, a própria palavra já fala por si só. Público não é privado. Não diz respeito a gostos pessoais, a interesses individuais e, por conseguinte, não se pode ocupar esses espaços como sendo algo pessoal ou pertencente a um grupo.
Esse é sempre o grande desafio dos que ocupam um cargo público: perceber que esse espaço não é um quintal seu, mas um terreno de todos, onde todos podem e devem opinar como deve ser ocupado, visando adequá-lo sempre aos interesses comuns. Interesses esses que devem ser discutidos à exaustão para que contemplem o maior número de cidadãos e cidadãs possível.
A eleição é feita para que pessoas da comunidade trabalhem visando o bem estar dessa comunidade. Por conta disso, as pessoas devem ser tratadas com respeito, carinho e humanidade.
Tenho certeza que saberemos honrar os votos que recebemos com muito trabalho e espírito público. Exemplos não faltam por esse país afora de práticas que libertam, que trazem o bem. Não podemos sepultar esperanças.
Práticas boas ou ruins dependem da participação de todos, eleitos, eleitores, enfim toda a sociedade. Todos os espaços ocupados devem ter “janelas abertas” para que sopre o vento da democracia. Para que todos tenham acesso às informações, contas, orçamentos, gastos, investimentos. Somente através da transparência, quando a população se empodera dos dados e números, é possível discutir, priorizar e deliberar caminhos a serem traçados. Exercício para se fazer sempre. Desafio para todos nós.
Agradeço aos vereadores, a oportunidade de poder dizer essas palavras em nome de todos. Certamente, no coração e na mente de cada um, há uma grande vontade de dizer muito mais. Um só, ou dois, podem não conseguir dizer tudo. Mas todos teremos oportunidades de, nesses quatro anos, expressar nossas idéias e agir coerentemente ao que pensamos. Esta legislatura, com certeza, vai continuar fazendo história. Serão mais páginas escritas e com o nosso esforço poderemos fazer com que todos os cidadãos voltem sempre a ler essa bonita página que Ademir, Alexandre , Celso, Duda, Edson, Jonas, Jones, Roberto, Valmir, Vilmar - e seus suplentes - escreverão com trabalho, dignidade, ética, seriedade, companheirismo e respeito!
Daniel Lucena tem uma frase numa canção que diz: “A vida é pouca, e o que vale é se querer, bem mais que mais e mais...”. É isto que vale.

Que todos os nossos atos sejam sempre uma constante dedicação ao próximo, de forma especial àqueles que mais necessitam. Nesse momento especial, àqueles que foram atingidos pelas águas. Esse desafio é de todos nós: juntos continuar construindo e reconstruindo nossa cidade. Isso só é possível com o envolvimento de todos.

Senhor Prefeito e Vice Paulo e Farinha e Equipe, Servidores Públicos, Vereadores, Funcionários da Câmara, cidadãos e cidadãs: Que cada um de nós, esteja onde estiver, se empenhe para a construção de uma cidade onde o povo seja feliz. Que Deus caminhe conosco, nos ilumine e nos abençoe.

Feliz 2009! Salve Brusque, imortal!

Obrigado!!


Valmir Coelho Ludvig

sábado, 8 de agosto de 2009

O capitalismo é perverso!


Que outra qualificação dar para um sistema que produz morte, que segrega pessoas, que mente dizendo que todos são livres, quando na realidade concentra renda e privilegia apenas uns poucos à custa do trabalho da maioria?
Valmir

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A gripe das incertezas ou das espertezas?

Pior que a gripe é a manipulação!
Por causa das manipulações do passado,
estamos numa encruzilhada.
É do tamanho que falam?
É exagero?
A quem interessa o pânico?
Quem ganha com a gripe?
Qual a empresa farmacêutica transnacional da vez?

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A Folha quer o fim da TV Brasil


Por Marcelo Salles

A Folha quer o fim da TV Brasil. Em editorial publicado hoje argumenta que a audiência é baixa, que sua criação não foi um ato democrático (porque nasceu de um decreto) e que gasta, por ano, 350 milhões de reais do dinheiro do contribuinte. Por isso, encerra o texto da seguinte forma: “Os vícios de origem e o retumbante fracasso de audiência recomendam que a TV seja fechada – antes que se desperdice mais dinheiro do contribuinte” (veja a íntegra abaixo). Eu tenho críticas à TV Brasil, mas nenhuma delas tem a ver com a opinião da Folha. Aliás, seria bom a gente perguntar: a quem serve a Folha? No cabeçalho se diz que é um jornal a serviço do Brasil, o que soa como piada pra quem conhece minimamente a história da imprensa do país. Pra não ir muito longe, basta dizer que o jornalão emprestou veículos para a ditadura. Mas talvez isso seja uma questão de ponto de vista: estavam, diria o jornal da “ditabranda”, a serviço do Brasil contra a Comunidade Comunista, que pretendia se instalar no governo federal. Voltando. A TV Brasil é uma tentativa de cumprir a Constituição, que determina a complementariedade entre os serviços privado, público e estatal. Hoje só existe o privado e, tenho certeza, isto tem a ver com o lixo jogado no ar todos os dias. Sim, amigos, a televisão privada brasileira é um lixo. Não presta. Raríssimos são os programas razoáveis. Na Globo, por exemplo, nada menos que metade da programação entre 12h e 24h é de novela. E de uma novela que dissemina os piores valores morais que existem. Posso concordar que existem erros graves na TV Brasil, e o primeiro deles foi a entrega dos cargos de direção para jornalistas oriundos das corporações de mídia. Com isso o governo indicou uma conciliação, não uma mudança substancial no jeito de fazer jornalismo. Assim, não é à toa que muito do conteúdo veiculado pela TV Brasil, sobretudo nos telejornais, tem sido muito parecido com aquele das corporações privadas (ver a carta do Mário Augusto Jakobskind à Ouvidoria da emissora, aqui no Fazendo Media). Por outro lado, não dá pra dizer que é tudo igual. Se pegarmos a programação como um todo, veremos a existência de iniciativas que jamais teriam vez no atual sistema privado de televisão. É o caso dos documentários, que dão voz e vez aos segmentos da sociedade que só aparecem na mídia corporativa como bandidos.Por isso, o governo precisa se manter firme diante da pressão da Folha. E contra-atacar. Pra começar, coloque em pauta a mudança na lei que criminaliza as rádios comunitárias e determine que sua Polícia Federal vá se preocupar com aqueles que realmente ameaçam a sociedade. Essa babaquice de inimigo interno já fez muito mal ao país. Enquanto calam as vozes do povo, armas e drogas atravessam nossas fronteiras numa boa. O Rio está infestado delas, e boa parte da culpa é da falta de fiscalização. No Brasil arcaico do século XXI, as emissoras privadas de televisão, todas golpistas, ainda recebem dinheiro grosso do governo (meu, seu, nosso) para veicular campanhas publicitárias de saúde pública. Em países um pouquinho mais civilizados isso não é assim, pois como as emissoras privadas são concessões públicas (decididas pelo meu, seu, nossos representantes no Congresso), trata-se de uma obrigação ceder espaço para veiculação de mensagens de interesse público, sobretudo em relação a epidemias (como, atualmente, a gripe suína). Isso a Folha não critica. Assim como não vê problemas na existência de um oligopólio privado na televisão aberta. Justo o jornal que faz propaganda dizendo-se democrata (”quem lê a Folha fortalece a democracia”). Deveria ser processado por propaganda enganosa. A Folha não se incomoda com a SS brasileira, a Sociedade Sinistra que congrega TV Globo, RedeTV, Band, CNT, SBT e Record. É como se fosse natural que apenas 6 empresas tivessem o direito de se comunicar via tv com 191 milhões de pessoas. E, pior, é como se fosse natural que esse oligopólio se posicionasse, compacto, pela economia de mercado, pela cultura enlatada, pela política coronelista (Sarney foi “descoberto” com 30 anos de atraso), pelo imperialismo e pela exploração das riquezas e do povo brasileiro. É isso que veiculam, todos os dias, e, se discordam, desafio qualquer diretor de qualquer uma dessas empresas para um debate público, de preferência veiculado em cadeia nacional de rádio e televisão. Eis a dupla desgraça brasileira. Um sistema de comunicação apátrida, a serviço do capitalismo internacional, e um governo – eleito pelo povo e pelos movimentos sociais organizados – que não se livra disso.


Marcelo Salles, jornalista, é coordenador da Caros Amigos no Rio de Janeiro

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Parabéns Brusque!

" Não nos cansemos de fazer o bem pois,
se não desanimarmos,
chegará o tempo certo em que faremos a colheita. "
Gálatas 6,9

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

PROGRAMAÇÃO - BRUSQUE 149 ANOS - 2ª PARTE

03 AGOSTO (Segunda -feira)

20h - Exposição da Câmara Temática de Artes Visuais
Local: Hall de entrada do Shopping Gracher
20h - Abertura do 25º Rodeio do CTG Laço do Bom Vaqueiro
Local: Pavilhão de Eventos Maria Celina
20h - Show Nacional com a dupla Fernando e Sorocaba
Local: Kartódromo Municipal
A partir das 19h, abertura com duplas locais
Das 8h às 11h30 e das 13h30 às 17h - Exposição "Máquina"
Local: Museu Arquidiocesano Dom Joaquim (Azambuja)

04 AGOSTO (Terça-feira)

6h - Alvorada festiva com toque dos sinos de todas as igrejas de Brusque
8h30 - Hasteamento oficial das bandeiras
Local: Praça Barão de Schneéburg
8h45 - Inauguraçao do relógio que marcará a contagem regressiva para os 150 anos de Brusque
Local: Praça Barão de Schneéburg
9h - Desfile Festivo na Avenida Cônsul Carlos Renaux e Rua Rui Barbosa
16h30 - Entrega de mudas de cedro para os recém-nascidos em Brusque
Projeto Plantando Vida)
Local: Maternidades brusquenses
18h - Rodeio do CTG Laço do Bom Vaqueiro - Fandango com o Grupo Embalo Campeiro
Local: Pavilhão de Eventos Maria Celina
18h - Seminário "15 anos de Inclusão Digital em Brusque"
Local: Anfiteatro da Unifebe (Centro) Promoção: Secretaria de Educação, Unifebe e Sesc
Das 8h às 11h30 e das 13h30 às 17h - Exposição "Máquina"
Local: Museu Arquidiocesano Dom Joaquim (Azambuja)

05 AGOSTO (Quarta-feira)

19h -Palestra sobre Saúde Bucal
Local: Sintrivest (Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias do Vestuário)
20h - Rodeio do CTG Laço do Bom Vaqueiro - Fandango com o Grupo Embalo Campeiro
Local: Pavilhão de Eventos Maria Celina
20h15 - Recital de Violino e Piano com Cristiano Porto e Mauren Frey
Local: Museu Arquidiocesano Dom Joaquim (Azambuja)

Tem mais!!!

Mensagem - 04 de agosto - 149 anos de Brusque

O Partido dos Trabalhadores desde o seu nascimento acompanhou e fez história junto com a história de nossa cidade. Hoje estamos felizes em comemorar os 149 anos de nosso município com a possibilidade de colocar em prática tudo aquilo que tanto sonhamos: uma Brusque que trate a todos com o carinho que cada um merece; uma Brusque que utilize bem os recursos públicos para fazer uma cidade boa prá se viver e ser visitada; uma Brusque que sirva de "exemplo à nação brasileira", como diz nosso hino.
Parabéns Brusque!
Paulo Eccel, Valmir Ludvig e Partido dos Trabalhadores (PT)
(Texto: Valmir)

domingo, 2 de agosto de 2009

Festivais de baixarias (Artigo)

Que desgraça esse tal BBB.
Que esperta a Globo! Paga todas as despesas, os prêmios e ainda sobra muito dinheiro para outras iniciativas igualmente medíocres.
Que gente é essa que vai para a tela mostrar a bunda e o resto para o país?
Que gente é essa que faz de tudo para aparecer nos comentários pífios e fúteis de Pedro Bial?
Que gente é essa que se desespera , chora e esperneia diante dos olhos de muita gente de um país inteiro?
Pois é!
O que mais estranho é que nas salas de aula, sala de professores, sala de empresas e em todos os cantos, o comentário é de quem saiu e de quem ficou na tal casa, como se isso fosse resolver ou mudar alguma coisa na vida da gente.
Confinados nas quatro paredes, criam-se cenários para aumentar o Ibope. Faz-se de conta que o telespectador é quem decide quem fica e quem sai, mas na verdade, a direção da Globo é quem faz a escolha para manter a motivação da baixaria. E o povo pensa que o botãozinho que ele aperta vale alguma coisa.
Com o dinheiro arrecadado garante-se a esfregação, os descompromissos, as futilidades. Não tenho nada contra a beleza, mas o culto ao corpo chega às raias do ridículo. É perna, bunda e erotismo prá ninguém botar defeito. Se alguém inventar de dizer que o que se passa é indecente (sem falsos moralismos), pode ter contra si uma reportagem daquelas que destrói até a terceira ou quarta geração.
Não consigo ver o programa. Nem para comentar melhor o que acontece. Fico estressado, nervoso, indignado diante de seres humanos que se submetem e submetem os outros a ver, comentar e opinar sobre um monte de bobalhões e bobalhonas que podem até pensar que estão fazendo alguma coisa útil.
As câmeras passeiam e escolhem as cenas a serem mostradas para todo o Brasil sob o comentário sorridente de um apresentador que joga sua profissão fora – na minha opinião - em troca de um programa duvidoso. Só se faz um negócio desses por dinheiro. Não tem outra explicação. Vale a pena?
BBB é o supra sumo da inutilidade, o supra sumo da bestialidade, da futilidade. O pior de tudo é que grande parte de seus participantes é gente que estudou. Gente que poderia e deveria aproveitar melhor o tempo e o espaço para produzirem coisas úteis.
BBB é a antítese de tudo que é bom.
E para competir com essa baixaria, só outra baixaria:”A fazenda.” Sem falsos moralismos, reafirmo: é baixaria demais!!
Temos que respeitar todos os gostos. Mas o que acontece nesses programas ultrapassa todos os limites da tolerância. Entendo que toda essa turma ávida por sucesso e dinheiro, poderiam produzir coisas melhores para divertir os telespectadores. Pena que não tem um botaõzinho para mandar todos para casa de uma só vez junto com os apresentadores.

Valmir Coelho Ludvig

sábado, 1 de agosto de 2009

Texto Zen - Budista

"O Mestre na arte da vida faz pouca distinção entre o seu trabalho e o seu lazer, entre a sua mente e o seu corpo, entre a sua educação e a sua recreação, entre o seu amor e a sua religião. Ele dificilmente sabe distinguir um corpo do outro. Ele simplesmente persegue sua visão de excelência em tudo que faz, deixando para os outros a decisão de saber se está trabalhando ou se divertindo. Ele acha que está sempre fazendo as duas coisas simultaneamente."