sábado, 19 de maio de 2012

Coluna - Jornal em Foco - 15/05/12



Fábrica de fofocas

Lembro que tempos atrás em um dado momento, em algum lugar, alguém especialista em montar fofocas diz que a árvore da “sinaleira do Archer” vai ser cortada. Pronto! Tem assunto pro bar, pro jornal, prá TV, para todas as rodas. Basta acender uma fogueirinha para que toda a cidade vire uma fogueira. Maldosamente alguém planta a notícia e ela se espalha. Dá assunto. Quem sabe dinheiro para alguém e a “festa” está feita.
Estamos mal. Tanta coisa boa acontecendo. Tanto bem rolando. Tanta gente criando possibilidades para construir uma sociedade mais justa. Tantas crianças sedentas por opções sadias. E algumas figuras desse nosso meio preferem gastar tempo e energia com fofocas, com suposições. Triste! Triste para um mundo onde rola tanta coisa boa.  
Soube da necessidade de poda para proteger a árvore que leva “surra” dos caminhões que passam. Foi isso que aconteceu. Nada mais. Em relação ao trânsito lembro que foi mexido num canteiro para facilitar manobras. Em nada prejudicou  a árvore que vigorosamente luta para sobreviver enterrada em meio ao asfalto.
Esse movimento foi o suficiente para se plantar a fofoca irresponsável e maldosa. Aliás, fofoca que não traz nada de bom para ninguém. Mas tem aqueles que vivem disso. Improdutivos escolhem destruir, inventar, arranjar notícias.
Basta uma bobagem dessa dita para mexer com a cidade. Tantos outros fatos positivos acontecendo e escolhe-se gastar tempo com fofocas.
Como educador tenho insistido que precisamos mudar a cabeça. Isso é o mais complicado. Tem gente que gosta de notícia ruim. Tem gente que gosta de dar só notícia ruim.
Uma fofoca rende. Cinicamente o que inventou se deleita com a “esparramação do veneno”. Cria uma insegurança na comunidade.
Insisto que as grandes mudanças podem acontecer a partir de nossas crianças, mesmo já poluídas pelo “mundo adulto”. Os adultos que são capazes de ver nas crianças essa possibilidade de mudança de comportamento precisam intensificar o trabalho de despoluição das mentes. Há um mundo onde a competição destruidora vigora, onde o vale tudo impera. Há outro mundo de solidariedade, de partilha, de bondade.
Valmir Ludvig

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