segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O que o Jornal Nacional não fala, não mostra

Kátia, que é inimiga do MST e quer derrubar governadora,
compra terra no grito e não planta nada

20/novembro/2009 23:21


A Carta Capital que chega hoje às bancas traz reportagem de Leandro Fortes (*), na pág. 26 , sobre um “golpe contra camponeses: reforma agrária às avessas tirou terras de pequenos agricultores e as entregou a figurões como a senadora Kátia Abreu”. A reportagem mostra como empresários – entre eles a Senadora Kátia e o irmão – compraram na bacia das almas terras de pequenos proprietários que conseguiriam provar a posse da terra, se houvesse uma Justiça diferente da que existe no estado de Tocantins. A Senadora Kátia Abreu contou com a inestimável colaboração do governador tucano de Tocantins, Siqueira Campos. Além das peripécias legais que ajudaram a Senadora a comprar 1,2 mil hectares por menos de R$ 8, o hectare, há o agravante de as terras que pertenciam ao pequeno proprietário Juarez Vieira Reis, de Campos Lindos, e hoje pertence a ela, não produzirem nada. É um latifúndio improdutivo, que passará a ser objeto de reforma agrária, assim que o Governo atualizar os critérios de aferição da produtividade da terra – como pleiteou o MST. Deve ser esse um dos motivos por que a Senadora parece mover uma ofensiva militar contra o MST, sob a forma de uma CPI. Os malabarismos legais que permitiram o trem-da-alegria que resultou nessa apropriação de terras são objeto de um pedido de intervenção federal em Tocantins, por um procurador federal, Álvaro Manzano. Deve ser por isso, também, que a Senadora do latifúndio improdutivo tenta o impeachment da Governadora Ana Julia, do Pará, porque ela não tinha como atender pedido de Gilmar Dantas (**): agir imediatamente para desocupar terras ocupadas. Como se sabe, o MST ocupou terras de Daniel Dantas no Pará, onde ele, por cima, finge criar gado e, por baixo, explora riquezas mineiras. Leandro Fortes também informa que o Corregedor do Conselho Nacional de Justiça vai divulgar relatório que demonstra como em Tocantins os processos judiciais contra poderosos andam com a celeridade inversa à dos HCs de Dantas no Supremo.

Paulo Henrique Amorim

(*) Leandro Fortes publicou na Carta Capital uma reportagem sobre os negócios particulares do Gilmar Dantas (*), como empresário de cursos de pós-graduação em Direito à distância. Pós graduação à distância, isso mesmo, amigo navegante. Fortes também mostrou como a família Mendes manda em Diamantino, Mato Grosso. Manda e desmanda. E publicou entrevista em que a Governadora Ana Julia conta como foi o telefonema que recebeu de Gilmar Dantas para desocupar logo terras no Pará. Por causa da primeira reportagem a Carta Capital e Leandro são processados.

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